Canção a Deusa

Deusa dos campos estrelados

Em noites claras do teu luar.

Bela Deusa das matas,

Dos campos, rios e cascatas

Cante, dance, sorria e me encante.

A ti entrego minha doce infante

Com translúcido e juvenil semblante

Banhado de esperas e iluminadas eras

Em meio a tantas caminhadas

Vivas e alegremente revividas.

De olhos fechados diante de ti,

Peço com extrema humildade que

Conserve sempre a minha esquerda, o arco,

Para que flechas ligeiras cortem os ventos

Levando para longe todos os lamentos.

Traga dos céus, rasgando os véus

O silencio do vento que canta nas liras, e,

Mantenha a minha direita a espada

Brilhando no espaço cósmico, firmando o

Traço de minha longínqua morada.

Semeie em meus sonhos teus campos

Revele-me, nem vento nem ventania, mas

Na brisa suave traga o sopro da natureza

E no dormitar do teu acalanto

Aquiete meu repouso sem agonia.

Inunde estes momentos com infinita delicadeza,

E com tua realeza, fortaleça o propósito traçado.

Que tua lux seja sempre minha guia,

Que o sabor da vida seja em cálice prateado oferecido

E que em tempo algum eu de ti me afaste.

Que assim seja!

Que assim se faça!

Buscadora
Enviado por Buscadora em 31/05/2007
Código do texto: T508257