Tears (do not) dry on their on*
* Lágrimas (não) secam sozinhas.
Existem corações feridos,
almas feridas,
espíritos feridos
e pra todas essas coisas existe a vontade e a determinação
da mente pensante em abrir mão (ou não) do verme que fica revirando
sob a pele.
Já tive contato com esse tipo de pessoa.
Aquelas raras pessoas que são como animais artísticos.
Fotografos, poetas, músicos, escritores.
Todos malucos - artistas - e malucos.
Há um tipo de selvageria nesse tipo de gente
que não permite que vivam em nenhum tipo de redoma.
Eles tentam seguir os padrões, até usam roupas normais,
se relacionam com pessoas normais,
mas seus corações são de pequenos pastores
que diariamente com seu equipamento enfrentam ursos e leões internos.
Não! Não pouparei as palavras!
Não! Não resumirei o verso!
Fotógrafos, ainda que ninguém veja (ou sinta) continuem disparando.
Músicos, ainda que ninguém se deleite, continuem criando grooves!
Poetas, ainda que ninguém mais ame ou saiba sofrer, continuem com a sua doce loucura.
Escritores, ainda que achem que as lágrimas sequem sozinhas, jamais se permitam
corromper por essa geração de emoções fast food que pensam muito e refletem pouco.
Um brinde àqueles que ainda conseguem transformar suas feridas em curativo.