A-O-(MAR)

Correndo entrei no mar e vi que não existia sal, mas ondas fizeram de mim céu, entre o teu e o nosso preferi a calma.

Veríssimo certa vez ensinou que precisamos da pessoa errada, nunca entendi muito bem o certo e o errado, mas sei da música, do amar, das cores que o vento faz, do gosto que os olhos tem.

Não me culpe então,eu queria que a luz doesse menos, mas tenho astigmatismo, eu queria te pegar nos braços, mas a escoliose não deixa, mas posso te beijar demoradamente, pois é noite e tenho insônia, gosto do silêncio, então se puder me ouça.

Pois dentro da onda, o que faz abraço é voz, o que faz os sonhos, vontade, o que faz imensidão, o grito.

Pode me escutar?

-Não canto lógica, não sou ciência, sou essência.

Vamos brincar de viver nesse hoje?

A lua vai sempre nascer, nos fazer fase, minguando, crescendo, derretendo seu brilho na dança dos nossos corpos, que cansados serão mar clareando as estrelas, pois o amor não se dissolve como antiácidos o amor se devora.

Yana Moura
Enviado por Yana Moura em 16/01/2015
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