Dois dedos

Procuro em vão por um consolo Não há nada que me faça aquietar a não ser uma ida lá fora.

Dois dedos de cachaça e dois dedos de prosa sobre o futebol da seleção.

Espetos furam minha carne. Não sei de onde eles vem, mas que eles existem, existem.

Aos cinqüenta anos ninguém se julga melhor do que ninguém, mas também não era prá ser pior, era?

Gratuitamente uma dor da coluna me aflige. Donde ela viria senão da minha decrepitude?

Assobiando uma canção qualquer, eu chego no bar. Peço dois dedos da canhinha.

Logo avisto um companheiro de copo para dois dedos de prosa, sobre o futebol da seleção.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 08/02/2015
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