Espelho Malvado

Espelho malvado

Olho no espelho vejo a solidão; O semblante que ele mostra é o espectro de quem já foi alguém. Não vejo nenhum anjo com asas. Como lidar com anjos que não voam? O que fazer com o malvado espelho! Quebra-lo?

Não! Isso não vai resolver o problema. Não se deve culpa-lo, culpado é o tic-tac do relógio, que nunca para de marcar o tempo. Seu badalar é eterno e debochado; De vez em quando ele dá uma pancada de alerta para lembrar que o tempo urge.

Por mim, tanto faz; já não tenho mais nada a perder. Nem tampouco guardo lembranças de um passado de desilusões.

Amar... Quem me dera. Tive vários “amores’ todos juravam-me eterno amor, mas logo me deixavam, deixando-me a saudade e a dor. Tudo de mentira.

Hoje, eu amo a saudade; amo vultos de mulheres. amo até o tempo que voa; estes amores eu tenho certeza que nunca vão me deixar. É aí que eu vingarei: sabe por que?

Sou eu quem os deixarei.

Luiz Pádua-

Tarde de Carnaval- 14/FEV/2015

Luiz Pádua
Enviado por Luiz Pádua em 14/02/2015
Reeditado em 14/02/2015
Código do texto: T5137297
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