Memórias de um filho pródigo

Lembro-me como se fosse ontem,

As Tuas mãos me guiando,

Teus braços firmes me segurando.

Quando o vento batia,

Teu calor me esquentava.

Nada me intimidava, afinal,

Você me protegia.

Mas, algo me encantou

E eu não sei exatamente o que foi,

Mas sei que em uma fração de segundos

Saltei do Teu colo e sai correndo.

A paisagem, o terreno, as estradas,

Tudo era novo para mim,

Tudo era inédito,

Tudo me deslumbrava,

Tudo me envolvia.

O tempo foi passando,

Fui mergulhando

E desfrutando de tudo o que aparecia em minha frente

E com isso, feridas, marcas,

Cansaço e angústia foram aos poucos me consumindo,

Até chegar ao ponto de estar no chão frio. Caído, sem forças, perdido e sem destino.

Sentia saudades de toda aquela proteção

E o amor que Tu tinhas comigo,

Então, deixei tudo para trás

Saí rastejando de volta para o meu verdadeiro abrigo,

Os Teus braços.

Chegando a casa, a porta estava aberta,

A mesa farta de comida,

O ar estava perfumado

E quando olhei para o lado lá estava Você

Com os braços abertos,

Com um sorriso de ponta a ponta dos lábios

E com o peito transbordando de amor,

Dizendo repetidamente “Filho, eu te amo”.

Não hesitei duas vezes e pulei no Teu colo,

E foi ali que percebi o quanto me amava.

É pai, eu passei, experimentei, e vivi de tudo um pouco,

Mas a verdade é que quando se prova do Teu banquete,

Migalhas algumas serão capazes de saciar a nossa fome.

Crislaine Rosa
Enviado por Crislaine Rosa em 10/03/2015
Reeditado em 20/04/2015
Código do texto: T5165007
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