Dor

E as palavras que sufocam

Os pensamentos que desnorteiam

O silêncio que fere

As perguntas sem respostas

O grito preso

A carne viva morrendo

Ainda hão de ser alimento

Para abutres, formigas e

Poemas fúnebres,

Decorados com pétalas negras

E tintas amargas.

Não sei quanto será suficiente, mas

(Papel ou urna)

Tanta madeira será sacrificada para carregar a minha dor.