Manhãs que nada valem

Tem dias que:

Não importa a cor do céu,

Que não importa a preguiça que a chuva deixa,

Que dá vontade de chorar,

Que a solidão vem consolar.

Engraçado é,

Que quando estamos sozinhos

A voz do vazio, tem pena de nós.

"Calma, isso passa",

"Calma, isto não mata".

Eu suplico:

Arrebata-me!

Por que estas são,

as manhãs que nada valem!