Céu Draconiano

Óh, majestoso céu

Por quem és dominado?

Se nem mesmo o homem

Em sua totalidade, o toca

Olha o que vejo a passar

Um dragão, majestoso e ilustre

Observando sua amada, como todos os dias o faz

Muito o invejo, senhor dragão

Não por poderes voar

Mas sim por poderes contentar-se apenas com a felicidade dela

Sei que seu coração habita o Peito dela

Mas ele solitário está, uma vez que o dela habita o de um homem qualquer

O que ela há de ver num mero mortal?

O que ele há de ter que você não apresenta?

Invejo-o, pobre e apaixonado Dragão

Trocai de lugar comigo

Faça-me feliz com este intento

Já não posso mais suportar este tormento

De ser apenas mais uma egoísta e mera mortal.

Por que há de ser tamanho o preconceito?

Um Dragão pagando de homem é virtude

Mas um homem pagando de dragão, é pagãnice e desrespeito

Atitudes, gestos e ações

De um perfeito e orgulhoso dragão

Pena que assim Deus não quis

E condenou-me a viver eternamente nesta humana prisão.