Regresso
Regresso de teu corpo.
Trago as marcas da travessia louca e do momento
mágico do teu esgar.
Trago nas mãos os líquidos proibidos do vulgo
e os aromas secretos de tua urbe.
Volto mudado e por ti enredado
na teia fragílima de tua aranha.
A noite durou mais que um dia
na busca desse sol ameno do depois,
volto, mas, volto sem querer voltar
apenas ficar na tua orbita
perdido.
Da tua entrega,
lembro apenas que gemias
e chamavas
pelas ruas desertas do teu perfil largado.