PERMISSA VENIA

Não faço um requerimento, senão, mera súplica pedindo licença pra escrever e também poetar. Porque escrevendo apago o sofrimento e poetando me permito sonhar. Mas não sou escritor das letras, não tenho sequer mediando colar e isto explica a ousadia de um escrevinhador, que também se mete a trovador, e trovando sem licença, despreza a filosofia, rimando amor e dor, tentando fazer poesia. Abusando das rimas pobres misturadas com outras ricas, juntando versos nobres até com rimas impudicas, lançando mão a toda hora, das que terminam em ão, mas podem ter a certeza, buscando nelas o alimento que a alma implora, para nutrir o coração. Por isto suplico uma licença, inda que semi-poética, mesmo sem ter a aura, que os grandes da arte têm, não pretendo ser poeta nobre, pois neste mercado sou pobre sem vintém, mas me deixem fazer poesia, correr o mundo, o universo e, cantando em humilde prosa e verso, invadir o campo sagrado, somente reservado aos que, das letras a maestria têm, para isto peço licença, amém.

ARAKEN BRASILEIRO
Enviado por ARAKEN BRASILEIRO em 05/05/2015
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