Caminhos D (in) versos
  
Pois é, depois de muito tempo singrando mares, eu me encontro como jamais imaginei, e desta forma me perco no tempo. Perdido porque de repente não tenho sequer  ideia de quando deixarei de navegar , mesmo tendo minhas asas aparadas. Pois na realidade eu gostaria de muito ainda estar a todo vapor, a barlavento em algum veleiro cruzando com outras embarcações que de algum modo olhasse bem por onde doravante eu sigo. Os caminhos são paralelos no meu modo de ver, e por varias vezes diversos, e inversos  e requer muita prosa para que eu seja reconhecido.
O terreno  que piso poderá ser ate agradável e vasto mediante tão bravio mar, onde podemos sentir calor e frio numa área desconhecida, mesmo que as ideias fluam e estas estejam de acordo com alguma legião onde seus governantes estão alheios ao que se passa conosco. Mesmo que estes estejam lado a lado com aqueles que com eles compartilham de suas ideias, seus planos mirabolantes de interesse geral. 
Certamente o que nos chegam não seja distribuído com aqueles que com seus lideres compactuam trilhando algum caminho escolhido mediante interesses. Caminho este que depende muito do tempo em que nos encontramos e as condições que nos é oferecida, e significa sucessão de estações ora bem vistas, ou não. Se perto ou longe que importa, de repente nos deparamos  com estreitos , e condições favoráveis , ou desfavoráveis em questão de sobrevivência.
Isto pelo visto os mesmos reconhecem de imediato sem fazer sequer alguma menção se assim estas saem muito bem quando  tudo é bom para eles. Agora para nós que sonhamos deitar por longo tempo numa rede, tendo a brisa nos refrescando, e a nossa Maria seus versos declamando, ainda há de demorar muito pra chegar. São côncavos e convexos de outra moeda. Sonhos distantes que eu talvez não consiga transpassar todas as barreiras.