Tempo de Ausências

Em que canto se escondem

os estímulos de outrora,

que me davam motivos

de alegria a toda hora?

Em que campos florescem

as sementes da ilusão

e em que cemitério repousa

o fruto da desilusão?

Em que trecho do caminho

soltaram-se as mãos,

desviaram seus rumos

e mudaram de chão?

Quem salgou a saudade

que invade o espaço

da perdida inocência

ocupado pela ausência?

Onde estão as ausências

senão em mim?