MANTILHA SAGAZ

MANTILHA SAGAZ

Moinhos de vento... Brasas, antídotos... Chuvas copiosas, contratempos... Nada silencia o momento, o havido impacto virginal do pensamento. No bramir das horas que se esvaem, um grito súbito. A alva se dissipando nas saias do vento. No encontro liberto do que se procura, a cortina se abre no infinito. Donde vens quando chamas-me amigo? Da busca congênita da loucura, ou na paz do equilíbrio. Na partilha quando se olha na mesma direção, ou na mesma ambição de um suplicio? No paralelo passo dos mesmos ideais, ou na letargia do espírito. No diário de um segredo, ou na disputa por um sorriso... Vejo teu sangue no espelho dos olhos, e teu fôlego aberto para um novo livro. Histórias reveladas pelo encontro de temporãs encantos... A página fugaz da imaginação a seduzir o tudo... O invólucro dividido. Beijo terno de um laço bendito... Que quando separado pelo contratempo rasga-se em luto. Dispo-me nesse poema pequeno, mas revestido de amor... Mesmo que tudo se abrevie no selo fugas do prelúdio, ou se sepulte na pedra fria do esquecimento... Estenderei-lhe a mão num ressoo tímido.

Marisa Zenatte

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Mrmaryllady
Enviado por Mrmaryllady em 01/06/2015
Código do texto: T5262517
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