Cacos de Vidro
 
     Comenta-se por ai que aquele que se junta aos porcos come farelo. E eu como pesquisador do que nos interessa, sou muito observador, e presto bem atenção para o tiro não sair pela culatra. Não sou de passar vexame, ao atravessas a rua olho bem para os lados, e quando a coisa de alguma forma tá preta, eu que já me encontro pronto para a guerra, não faço e nem tenho algum inimigo. E ai daquele que se atreva querer me iludir, e colocar panos quentes aonde nem sequer encontramos fumaça.  E nisto pouco me importa se o protagonista desse enredo é Zé, ou João cada um destes sabe qual minha opinião, e sabe muito bem que não sou só aquele que gosta de camarão. Tenho dito sempre que perfil tal igual eu não tenho, nem sou daqueles que goste de me exibir se tenho comigo uma qualificação de dar inveja aquém se aproxime. Pois enfim, como diz Fernando Pessoa: 

_ Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.

A gente ousa tratar o vento de acordo com o que realmente aprendemos para não destrata-lo, nem tampouco cobrar dele o que já vemos feito.  Tanto que para finalizar, apenas ressalto: que não corrijo minhas faltas sem ao menos para elas olhar se receio de cometer novos erros e destes que seja pelo menos por alguns momentos me aproveitar.

     Gosto de interpretar meu canto e com este canto mais forte, apresento-me em qualquer lugar. Eu mesmo escrevo o que diante destes interpreto, e da melhor maneira quando estou no palco. Pois neste eu me realizo, não procuro tributos custe o que me custar faço meu trabalho da melhor maneira para não correr perigo.

     No entanto que importa se finjo meu coração ferido quando partido enquanto junto cacos de vidro, chuto lata, e por ai vou, e dificilmente saio insano sem me machucar a cada ensaio.