A sala estava lotada, todas as mesas ocupadas, meu lugar reservado.

Ela estava no canto oposto, linda sorria para mim.
Desobedeci a ordem e esqueci a disciplina necessária.

Decidi me aproximar, as pessoas olhavam espantadas, o gesto rebelde critivavam, a ação desrespeitosa causou uma certa indignação.
Carreguei minha cadeira e, ao lado de mainha, me sentei.
Ela me olhou carinhosa, meiga e emocionada.
Nada consegui dizer, já não notava quem ali estava, o que acontecia, o mundo, tudo perdeu sentido.
Contemplei aquele rosto tão delicado, a saudade imensa, sua ausência dolorida lastimou meu coração, quis dizer algo, a voz não saiu.
_ Quem me falar alguma coisa, querido?
_ Sim, Mãe! Eu te amo, te amo tanto, não consegui apenas sentar no meu lugar, a senhora é a minha vida...

Enquanto tocava seu cabelo e enxugava a lágrima caindo, despertei.

O sonho cessou, mas a imagem da flor seguiu comigo.
Jamais deixou de seguir, iluminar minha jornada, nutrir a esperança, aquecer cada passo, o desejo de um abraço, o regaço, leve, suave, doce, a paz, mainha que amo demais!

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Ilmar
Enviado por Ilmar em 07/07/2015
Reeditado em 10/07/2015
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