Todo amor

A vida é muito curta para entre uma rotina e outra ficarmos preocupados com hábitos rotineiros.

Não vim ao mundo para durar; quem dura é pilha de marca e conselho de avó; vim ao mundo para fazer o que gosto, ser feliz e ter qualidade de vida à minha maneira. Vivo sem me preocupar com o tempo de estadia.

Todo amor

É redundante, mas esse atroz falante vai se alongar:

Já não bastavam os anos vividos?

- não!

Quero mais do nosso rio – me beije e me abrace,

Beije-nos e nos abrace;

Aproveito o gancho e abuso da deixa,

E do remelexo não me queixo:

Quero mais do Brasil, já é de praxe,

Quero um um, um dez, um cem

– quero um mil e nada mais, nada mau.

E num pisco eu pesco o Carioquês

E canto o karaokê – já vai dar peixe:

“Rio 40 graus”.

Ver de verde e o azul de mar

E o amar de amarelo e o branco da paz:

E o que apraz?

– nas praças ver crianças sorrindo;

E o que é estrela?

– o sol raia na beleza de uma praia (Arpoador);

E o que se almeja?

– ver comida nas mesas – e à beça, e abusa.

Cristo – nosso senhor – redentor.

É redundante, mas não cansa:

Quero a paz indo à praia de biquíni fio dental;

Assim eu rio, é o rio, assim nós rimos,

Reinamos e rimamos:

É amor, é todo amor.

André Anlub

(1/3/15)