Noite de 18 de abril de 2015

(com divinização da poesia – divisor de águas)

Na sombra dos medos nasceu o pé de luz. (meu pé de cabra arrombador de Eus)

E esse pé cresceu – se ergueu, ficou forte – criou porte, deu frutos, assim.

Amadureceu a chave do mundo – a chave de tudo e futuro eternizado: chavão.

Janelas se abrem; se abrem cortinas e vem o beijo do sol e vem penetrando o clarão.

Mistérios nas nuvens, e obtusos e abstrusos e absortos.

Abriram-se dentro de um aberto brilho no imaginativo castelo os portões.

As notícias melhoraram com o céu lavado, o infinito ficou mais perto;

Ouço aquela menina me chamar para um drink no escuro. Ou no inferno, “a la Tarantino”.

Visões de queijos e vinhos – paladares de bocas e intestinos, tudo faz sentido de alguma forma. Há um gigante ou há um anão entre o rei e o umbigo, decididamente isso é de fato uma norma. Já ouvi a menina dizendo cantando que nada a deprimia... E depois sumia.

Talvez fosse para outra galáxia ou talvez tocasse violino para inspirar um milhão de alguém.

Lá vem um inverno rigoroso... Vou colocar um casaco, deitar, ler e tirar um cochilo.

Na luz da coragem o pé de luz cresce.

André Anlub