O ventre de minha mãe

Quisera eu ter o privilégio de ao ventre de minha mãe regressar

E com isso ao conforto da não responsabilidade. O que, de quem nada teme repousar.

Quisera não ter tido apelidos de infância, pesares de adolescente e problemas de adulto tal qual o escrevera Casimiro naquele verso sobre a infância e as laranjeiras.

Invés disto, canta-me Nana Caymmi como resposta ao tempo, perdido.

Essa loucura cotidiana presente nas entrelinhas pragmáticas da vida onde tudo é tanto e tão pouco.

Ah! Como quisera retornar ao ventre límpido de minha mãe, onde jaz amor e onde há limites para ruídos extemporâneo... vinte e oito, quiça vinte nove decibéis será permitido.

E assim ali no aconchego do eu de minha mãe eu tenha um novo olhar sobre essas louca aventura que me aguarda, ali decidirei se quero ou não bem vivê-la.

Mathos
Enviado por Mathos em 17/08/2015
Código do texto: T5349592
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