O ventre de minha mãe
Quisera eu ter o privilégio de ao ventre de minha mãe regressar
E com isso ao conforto da não responsabilidade. O que, de quem nada teme repousar.
Quisera não ter tido apelidos de infância, pesares de adolescente e problemas de adulto tal qual o escrevera Casimiro naquele verso sobre a infância e as laranjeiras.
Invés disto, canta-me Nana Caymmi como resposta ao tempo, perdido.
Essa loucura cotidiana presente nas entrelinhas pragmáticas da vida onde tudo é tanto e tão pouco.
Ah! Como quisera retornar ao ventre límpido de minha mãe, onde jaz amor e onde há limites para ruídos extemporâneo... vinte e oito, quiça vinte nove decibéis será permitido.
E assim ali no aconchego do eu de minha mãe eu tenha um novo olhar sobre essas louca aventura que me aguarda, ali decidirei se quero ou não bem vivê-la.