Sonata ao Luar

Inspirado no Poema: "O Rio"

Do intenso Poeta baiano: Raimundo Carvalho.

O rio corre, feito as águas negras da Vida. E a Vida as vezes coagulando, paralisa. As vezes, cura, nua, como se fora incógnita.

As vezes, as dores nos braços, carregam fardos de desejos. E os desejos são tantos na multiplicação das palavras... Sinto tudo: O planeta abduzindo o ser d'alma e no pequeno mundo que existo e insisto no existir... E os fardos que não consigo carregar, deixo com meus rastros pelos caminhos...

Queria fincar meus pés, nas Nuvens, sento nas nuvens, quando assim, estarei coberto por Estrelas. Pego estrelas com os pés e me sinto iluminado.

Enquanto brilhantes estrelas, tocam violinos e cegam os olhos e o destino, dos que não usam a verdade, como instrumento. São àqueles que têm a alma empoeirada e não vêem beleza em nada. E escuridão em tudo.

As vezes, penso em não mais existir, para não ouvir as hipócritas palavras, que saem das bocas dos perversos e idiotas, que só veem seu próprio umbigo e não enxerga ou não querem enxergar, a dor da fome, do mundo... Perdão! Pai, eles não sabem o que falam. E enquanto a morte, não acontece, escrevo versos, escutando a linguagem dos anjos, cães e gatos.

Farto de tudo, parto para a porta do abismo e escrevendo, voo numa inspiração que tem asas. E iluminado pelos Luares de constelações de estrelas, que me ouvem, escutando numa caminhada noturna, "Sonata ao Luar", de "Beethoven".

Tony Bahi@.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 30/08/2015
Reeditado em 31/08/2015
Código do texto: T5364918
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