Paulo parecia ignorar o ir e vir intenso da via.
 
De repente um pequeno carro despertou sua atenção.
O veículo, ultrapassando o ônibus no qual o rapaz estava, trazia dois indivíduos, o condutor, um homem sugerindo ser um sessentão, e sua acompanhante, uma jovem bastante encantadora.
A ultrapassagem durou cerca de quarenta segundos, mas trouxe uma forte impressão que impregnou Paulo.
 
Quem seria aquela moça tão especial?
Que vínculo estabelecia com o condutor?
Essas perguntas correram a mente de Paulo, porém o doce sorriso e o suave olhar da moça, realçando deslumbrantes olhos azuis, apagaram a importância dos questionamentos, fazendo prevalecer uma espécie de êxtase contemplativo.
 
A vontade de estender o encontro, permitindo que eles estreitassem os laços, facilitando a confissão que faria Paulo revelar o quanto ela era linda, não impediu a grande frustração observando o carro avançar.
Não existia barulho nem havia pessoas ao redor, a via estava vazia, o mundo ganhava uma cor somente, envolvente, mágica, tocando fundo Paulo, preenchendo seu coração sonhador.
 
* Alguns minutos após, finalizando a viagem, os olhos azuis o seguiram, não ultrapassaram os limites de quem pretende desfrutar a felicidade, mistério exigindo tempo da humanidade, desde o começo, retomando a mesma procura na atualidade, contudo o rapaz encontrara a receita, a visão maravilhosa, ensinando a paz, fácil, capaz, conquista sublime que cada vez mais cresce, fluindo a calma, demais aquece, nutrindo a alma.
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 01/09/2015
Reeditado em 04/09/2015
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