Tarde de 20 de Abril de 2015

Não é física e nem afásico, talvez algo frásico sobre/sob fusão: alcança-se o ponto de ebulição da água 50% mais rapidamente ocupando-se em outra coisa.

Vem à dor de cabeça, mesmo que imaginária; vêm os placebos da leitura, escrita e ficar solitário. A versão da história há tempos foi deturpada, pois nunca faz-se nada que não traga um avesso apraz. Nada é capaz de entreter intermitentemente os eu próprio capataz; loucura, e é mesmo. O avesso agora se fez travesso e belo, repartindo o bolo em ¼ de desequilíbrio. Complexo colorido de combinações perfeitas aos olhos perplexos e mentes entreabertas; mentes de calibres sutis, em situações de insinuações sinuosas e citações hostis (tirei a noite para ler Foucault, mas faltou fetiche e o fantoche para findar tal festa). Vem à dor na perna, mesmo que real. Após a corrida vespertina em um suor mais forte, em um sol mais forte, um pique mais forte de um corpo mais fraco. É abril, mas poderia ser sonho; é um mês escancaradamente gordo; os bordões estavam prontos e os bordéis idem: tais “ai” e “hum” e “ha” num vai e vem intenso de dar inveja ao pêndulo do relógio antigo da sala. É abril, mês que escancara; vou dar minha cara à tapa que estarei pronto para qualquer jornada (tirei a noite para ler Ana C., vai faltar você. Já cedo faltou enredo, há medo no querer).

André Anlub