ANDANÇA SEM RUMO

A polaca me deixou cabisbaixo,

Com cara de tacho e feição de urubu,

Será que foi cambalacho desse adversário,

Ou foi um espínhaço de mandiaçu.

Confesso que tomei até vergonha,

Pois a cegonha me sensibilizou,

Porem a pamonha me deu alguns quilos,

Pareço a tonha que assim me tirou.

Estou atolado até o pescoço,

No osso o amor me deixou,

Admirei o colosso de Rodes,

Sobrou o caroço da fruta que voou.

Mas tenho na mente a esperança,

E a lembrança daquele dia feroz,

Onde a pujança encheu meu caminho,

Assim a andança sem rumo tornou-me veloz...