A protagonista

Logo cedo aprendi e desejei ser a protagonista da minha história.

Fosse ela escrita à tinta, em penas, ou luz de lampião.

Talvez seria uma bela história, mas nunca daria pena, tamanha era minha determinação.

Assim com anos e experiência veio a adolescência, quando tomei conhecimento de que nada valeria a pena, não fossem os coadjuvantes.

Não que eu precisasse de uma plateia enorme, cheia de faixas e coros. Contudo, talvez, precisasse de um dueto, para fazer da minha vida um folguedo.

E anos sábios limpam nossas vistas, enchem os cantos da vida de coadjuvantes e vilões.

Ah, os antagonistas... Esses sim, nos dão lições. Não que nos derrubem, mas nos fazem crescer sempre, quando passamos a perceber, que somos humanos. Cheios de falhas e querer.

E quando aparamos nossas arestas, ganhamos brilhos de festa.

Aí, sim, temos certeza de não nos perdermos nas entrelinhas pequenas, nos fachos de luzes de cenas, que nos deixa ver fossos à nossa frente.

Entretanto, de uma coisa tenho certeza: Que tudo valerá a pena, se a alma não se tornar pequena.

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 25/11/2015
Reeditado em 25/11/2015
Código do texto: T5459950
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