Alvo do destino.

Já vivi tantos "para sempre"

Já disse tantos "nunca mais" dentro de algumas horas...

E hoje penso como é em vão o pensar.

A pouca vida das palavras

A morte quase que instantânea das certezas

O olhar que se engana com aquilo que vê

Os sentimentos que se enroscam em utopias

Acredito que nunca saberei a verdade de

mim mesma

Até que ponto,em que ponto realmente existirá o ponto

Se prossigo,não sei se realmente estou indo

Talvez esteja voltando

Não sei ao certo o caminho.

Falo da vida como se á conhecesse

Falo de mim me olhando no espelho

E tudo o que vejo é uma superfície de mim mesma.

Me olho,e não me conto nada

Em nada em mim encontro o fim de tudo o

que já passei,o que já vivi.

Sou uma eterna continuidade e nem mesma

sei do que.

Me atrevo a ser flecha...

Mas são tantos alvos

E nenhum deles está próximo.

Arrisco em qualquer direção

Conto com a sorte

Com a firmeza das mãos

Mas não são elas que me definem

Nem me acrescentam aos dias

Fecho os olhos em um "seja o que Deus quiser"

E me atiro

Com medo dos tiros do destino.

Marinez Novaes
Enviado por Marinez Novaes em 01/12/2015
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