Fim e recomeço

Depois de um amor acabado a vida continua a exigir de nós, apesar de tudo o que vivemos.

O Sol nasce todos os dias independente do nosso sofrimento e, abrir a janela pela manhã nos coloca em contato com outras realidades.

Não existimos sozinhos neste universo, portanto continuamos e como viciados em uma droga muito forte, o período de abstinência é uma parte do processo, depois é viver um dia após o outro sem ceder à tentação de telefonar, chamar, gritar, procurar, perguntar...

Então tudo vira calma, tudo fica insosso e quando menos se espera aparece um novo olhar, um novo sorriso, uma nova possibilidade de amar.

Será que seremos capazes, de amar outra vez?

Será que não existe a opção de viver sem amar?

Ora, só gostar e respeitar já dá conta, será?

Não quero pensar, para isso existem os poetas: “Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.

Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio. Mais vale passar silenciosamente,

E sem desassossegos grandes.

Sem amores...”

Certo é dizer que sem um fim definitivo jamais seremos felizes no recomeço.

Rita de Cassia Santana dos Santos
Enviado por Rita de Cassia Santana dos Santos em 03/12/2015
Código do texto: T5468965
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