Eternamente e por todos os dias (resposta ao poeta)

Eternamente e por todos os dias do ano regressarei às tuas palavras para que me digas dos acordes sutis da poesia que desdobra-se em teu peito, da luz que subitamente encanta ao toque das tuas mãos no papel, do florescer ininterrupto de letras que se enamoram e comemoram a descoberta de um tempo onde já não há tempo e as estrelas murmuram versos e os vincos da estrada percorrida repousam por sobre a nossa pele em chamas. Eternamente e por todos os dias do ano regressarei às tuas palavras para que te aninhes quieto nesse dormir de vidas onde escrevo teu nome e os sonhos palpitam por entre os milagres sem idade, para que amanheças e os pássaros recolham a linha do horizonte por onde chegarei pela primeira vez como se houvesse regressado.