Revelar

Tudo dizia

As horas infindas

O coração inquieto

O silêncio gritante

A pele fria

Os lábios mordidos

As mãos geladas

A respiração contida

A garganta que queria falar

O relógio que deveria voltar

A máquina do tempo

Que deveria funcionar

Maldito teletransporte

Ainda não inventado

Maldita sincronicidade

Que não se afinava

Maldita paranormalidade

Que não se revelava

Maldito quem inventou a distância

E permitiu à vida

Aproximar pessoas

E prolongar as andanças...

Noite longa, longa noite...