A menina e o violão

E assim eram os dias da menina.

Deixou suas mãos deslizarem no violão, soando um estrondo de dó, continuou a observar seus calos doídos, sem dor. Cantarolou algo, não entendi devido à embotada das situações que lhe ocorriam naquele momento. Ela deixou escorrer lágrimas sobre o seu rosto macio e cansado.

Cansado de ver as horas passarem e não poder parar o mundo, de ver as pessoas más em questões de minutos e as boas em segundos.

Essa menina tinha um jeito vário de ser, ela queria ser tudo e ter a todos, ela queria ter o mundo em suas mãos. Mas ela já tinha... E quem poderia negar?

Eis que nunca mais a vi, me recordo do dia em que ela abrira a porta, parou, olhou profundamente para mim, até revelar um sorriso recheado de amor. Assim ela se foi, ninguém sabe pra onde ao certo, mas foi.

O certo que pensamos, é que vai ela, deixar alegria em outros rostos cansados por aí... E quem poderia negar?

Emanuela Dilkin
Enviado por Emanuela Dilkin em 11/02/2016
Reeditado em 08/04/2016
Código do texto: T5539856
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