MINHA VIDA FOI ROUBADA

Perturba o fato de não poder ser eu.

Insiste o fato de ser sempre aquele, que não obstante me fere. Porque existimos em relação, em correspondência aos outros.

Mas quem eu sou?

Digo coisas que não sou eu falando. Minto minha dor para ser simpático. Quando percebo minha alegria ela já aconteceu.

Gostaria de estar fazendo qualquer coisa especil e mágica ( creio que todas as outras pessoas também. E pensar assim banaliza a tristeza do desejo não possível ), no entanto estou aqui - e nem posso sofrer por isso; segundo eles não.

Escrevo como fuga.

Desconheço as minhas outras faces porque me obrigo e obrigam a ser sempre o mesmo.

E o tempo passa...as horas, enquanto culpamos qualquer um que não seja nós. E na verdade nada é feito. O que eu faço?

pedro amaro
Enviado por pedro amaro em 08/07/2007
Reeditado em 24/07/2007
Código do texto: T557121