ENTARDECER DE UM DIA DE OUTONO

ENTARDECER DE UM DIA DE OUTONO

O sol brilha no horizonte infindo, a tarde está calma, e as árvores parecem dançar ao som da música soprada pela brisa suave dos caminhos.

Dos seus ramos desprendem-se folhinhas, que lentamente vão caindo e assim cobrem o chão dum tapete majestoso que desfila ao longo da estrada.

Além, por detrás daquele monte, elevam-se montanhas e picos agrestes, parecendo ameaçar o homem da sua rudeza. No Céu as nuvens vão-se esgueirando e parecem temer alguém!... Ás vezes também se sentem infelizes e choram, choram! Uma vez na terra essas lágrimas são preciosas pois refrescam nossos corpos saciam nossa sede e nos vão dando vida. Pouco a pouco o sol e as nuvens vão-se esfumando. No horizonte há melancolia, a recordação viva de um dia, a tristeza íngreme de um ano, mas é só um instante! No Céu aparecem as estrelas formando aqui e ali uma constelação. Aparece também a Lua errante que vagueia pelas trevas duma noite ofegante. É assim com esta simplicidade e beleza que a natureza nos oferece este maravilhoso espectáculo.