Desde julho

Você acha que me têm fácil de mais , mal sabe que teu céu não é lilás .

Ando desconfiada da sua verdade, não vejo em ti lealdade.

Imagina-se como o centro do mundo , porém mal consegue chegar da própria alma ao fundo .

Tudo em seu íntimo é raivoso , tuas revoltas lhe enforcam o pescoço.

Onde vai parar com toda essa rispidez, pense um pouco e fuja da insensatez.

Mantive por muito tempo esperança em nosso futuro , reuni todo meu sentimento por ti é o prendi num alto muro .

Alguém ainda lhe ensinará o que lhe digo, me abstenho desta tarefa , não conte comigo .

Raridade será meu sorriso , de você sei que não preciso.

Noites vem e vão , desta história guardada a sete chaves, eles não lembrarão .

Ouviremos silenciosos passos do passado como um pequenos traçados.

Coube a mim ser mais forte , o amor próprio é mais que pura sorte .

Um dia, eu sei , vai lamentar amargamente, por me perder, por não escolher a gente

De todas as frases desse meu breve verdejar , formou-se uma da qual não me orgulho. Vale apenas como um acalmar para um coração que não lhe pertence desde julho.

Natália Faraldo
Enviado por Natália Faraldo em 19/04/2016
Reeditado em 19/04/2016
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