“Monólogo promíscuo entre José e seu espelho“

Quem é você... sem dimensão, sem equilíbrio e sem liberdade? Parecia tão à vontade, escondendo de mim a verdade (...) Quem é você, um reflexo que ninguém vê, ninguém entende... o que você pretende? Quem é você que engole tudo com pressa, até mesmo o que nem lhe interessa, e depois passa mal... e sai afirmando por ai que “sua “ vida é um tanto quanto banal (...)

Quem é você que esquece seu próprio nome, que não lembra sequer o sobrenome.... e que na simplicidade das coisas “simples” se esconde ou muitas vezes apenas some. Quem é você que não se importa com frio, que não liga se é Março e nem Abril, e que toda noite dorme febril (...) Quem é você que com um sorriso gentil, abriu a porta que ninguém mais viu, e em seguida sumiu.

Quem é você nitidamente? Sem falhas e nem parafernália.... sem estática e sem dublagem e muito menos maquiagem; Porque não mostra sua tatuagem invisível ? Ei, meu amigo , porque não vem pra fora comigo ? Me diz seu apelido... ou os lugares que poderia te encontrar se talvez tivesse ido (...) Não prometo valores, nem vitrinas, porém o apreço é de graça, é como o malabarista no meio da praça sem nome e sem história, mas que ainda assim não sai de nossa “criança” memória (...)

Quem é você que não encontra sentido, mas procura? Duvido... quem é você que duvida de si mesmo, duvida do que ainda não viu, e duvida até mesmo da duvida de duvidar. Quem é mesmo você? Ainda se lembra do gosto da chuva, das mãos tocando a areia sem luva (...) De como é bom e gostoso se “perder” numa curva, seja ela perigosa ou absurda (mente) larga!!! Quem é você.... disposto ao irascível sempre, mesmo quando feliz... e até de sapatos.

Quem é você afinal, longe do ponto... do acesso e de todos os retrocessos!!! Quem é você que transforma dor em poesia, besteira em alegria, nostalgia em solidão, quem é você então José aqui no espelho “das teorias” sem alegorias, nem Carnaval.... um sujeito normal sei que não é (...) e nem o que resta da brincadeira de “bem ou mal me quer...” seja sensato e exato pelo menos uma vez, abandone o “talvez” e assim se fez (...)

(...) E José quebrou o espelho, não tem mais vaidade, agora é o que se vê, e quem é José pra você?

JLuis in Verve
Enviado por JLuis in Verve em 15/05/2016
Reeditado em 15/05/2016
Código do texto: T5636691
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