Nos velhos casarões

Nos velhos casarões as portas são imensas...

Sempre que pensamos estar partindo, talvez, na verdade, estejamos voltando para o ponto de onde nunca saímos. Talvez a lua nos abranja e faça-nos ver que lugares e certezas não existem. Existem sentimentos que vão e voltam, ar puro feito de imagens... Lugares são como câmaras estanques. Entramos e não nos damos conta de que já estamos e estaremos lá para sempre... Viagens aos obscuros caminhos de nós mesmos, aos meandros de nossa pequenez sórdida, às retas que, por vezes, chegamos a vivenciar plenamente: sítios de felicidade, de dor, de amor que jazem dentro de nós.