O medo que para os homens

Uma beleza tão estonteante que faria de mim,um homem feito,se sentir tão inocente quanto um menino.Me desprenderia de todas essas correntes longas e pesadas que petrificam as minhas emoções,esfriam as minhas sensações e adoecem as minhas esperanças.Quem dera poder contemplar a sua imagem durante horas seguidas.A imagem de uma dama tão pura e tão serena,capaz de provocar a compaixão do mais cruel dos carrascos.Porém,o aconchego de amores passados me impede de fazê-lo.Risadas condensadas em um redemoínho de memórias tiram o meu interesse de ver o seu sorriso.O som de palavras guardadas no meu coração anulam a música que há em sua voz.O calor provido por peles há muito tempo perdidas faria o calor do seu toque se apagar,como uma lágrima jogada ao mar.

O passado cruel tem força suficiente para acalmar as batidas do meu retalhado coração quando tua presença é notada por mim.Como se espinhos de rosas me impedisse de sair de um jardim velho e apodrecido para um novo.

O maior assassino dos homens não é o próprio homem,nem a natureza,nem o implacável tempo.É o medo.O medo que impede os homens de se aventurarem além deste jardim apodrecido chamado passado.O medo que os impede de revelar seus profundos sentimentos.O medo que os perfura e neles injeta o veneno do arrependimento.Que queima a carne.Seca os olhos.Enfraquece o pulsar.Desgasta a mente

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 10/06/2016
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