O céu escureceu
O pássaro voa alto,
O céu aos poucos escurece,
Cá embaixo não se dá conta
Do que lá acontece.
As lutas diárias, a revolução, as brigas
Impedem que se veja
O pássaro a voar alto
E o céu, que agora já escureceu.
Alguém grita: “o céu escureceu!”
Mas o tempo não passou, passou?
Outro, longe, se dá conta de que
O céu escureceu
E o pássaro não está mais lá...
Onde estará?
E o céu vai ficar assim, até quando?
As lutas diárias, a revolução, as brigas
Impedem que as respostas
Sejam racionalmente apresentadas.
E elas continuam...
Até quando?
*Poema publicado na 9ª Semana da Poesia do Fórum Lafayette, de Belo Horizonte (TJMG)