Só por prazer
Aparecida Linhares
(Serahnil)
É hora de tornar a simples cama da alcova em um ninho para um rei...
As almofadas são de tom sobre tom, numa vasilha tem as rosas vermelhas que cuidadosa despetalou, pétala por pétala logo será caprichosamente arrumada sobre o branco lençol de um bom cetim, impecavelmente estendido sobre o colchão já um tanto gasto.
Enquanto transforma a cama, cantarola "Amor sem fim" tema do filme que assistiu muitas e muitas vezes.
Termina a arrumação e afasta-se, enquanto isso aprecia o conjunto da obra e sorri íntima com a paciência contumaz de todas às terças-feiras..
Apanha uma cadeira e calmamente a coloca bem próxima a uma janela, dali pode ver a lua cheia no céu límpido, tem muita sorte e o banho lunar adentra como um holofote projetando-se sobre ela, tornando-a uma imagem surreal.
Espera... Veste um lingerie sensual de confecção única, estilo próprio feito com amor por ela própria, embebido no aroma do seu perfume preferido.
Tempo depois, a lua os seus raios prateados recolhe, deve ter ido banhar outros cenários.
Já se faz tarde...
Levanta-se tranquila e repõe a cadeira no lugar, dirige-se ao quarto e sorri outra vez intimamente. Satisfeita observa a cama por alguns instantes e retira os paramentos artisticamente arrumados. Não tem pressa alguma...
Por último o lençol de cetim é retirado e dobrado com carinho.
Senta-se na beira da cama no colchão desforrado e pensa como e quando esse hábito começou. Apanha o lençol de algodão estampado com graciosas flores miúdas, que será o único adorno que a cama terá enquanto recebe o seu corpo encharcado de prazer para o descanso merecido. Segura o lençol comum de encontro ao peito e repassa os momentos vividos não faz muito tempo. Suspira feliz e recorda como esse ritual começou...
Rever-se numa sala de espera a folhear uma revista com muitas camas encantadoramente arrumadas, e o sonho se instalou naquele dia.
Assim, a cada terça-feira ornamenta, e ornamentada se faz.
Não espera por quem já sabe não está a esperar. Depois, da linda cama desfeita, na próxima terça será novamente refeita.
Moral da história: Não importa que sonho tenha o realize! Mesmo que para alguns pareça algo incoerente.
Aparecida Linhares
(Serahnil)
É hora de tornar a simples cama da alcova em um ninho para um rei...
As almofadas são de tom sobre tom, numa vasilha tem as rosas vermelhas que cuidadosa despetalou, pétala por pétala logo será caprichosamente arrumada sobre o branco lençol de um bom cetim, impecavelmente estendido sobre o colchão já um tanto gasto.
Enquanto transforma a cama, cantarola "Amor sem fim" tema do filme que assistiu muitas e muitas vezes.
Termina a arrumação e afasta-se, enquanto isso aprecia o conjunto da obra e sorri íntima com a paciência contumaz de todas às terças-feiras..
Apanha uma cadeira e calmamente a coloca bem próxima a uma janela, dali pode ver a lua cheia no céu límpido, tem muita sorte e o banho lunar adentra como um holofote projetando-se sobre ela, tornando-a uma imagem surreal.
Espera... Veste um lingerie sensual de confecção única, estilo próprio feito com amor por ela própria, embebido no aroma do seu perfume preferido.
Tempo depois, a lua os seus raios prateados recolhe, deve ter ido banhar outros cenários.
Já se faz tarde...
Levanta-se tranquila e repõe a cadeira no lugar, dirige-se ao quarto e sorri outra vez intimamente. Satisfeita observa a cama por alguns instantes e retira os paramentos artisticamente arrumados. Não tem pressa alguma...
Por último o lençol de cetim é retirado e dobrado com carinho.
Senta-se na beira da cama no colchão desforrado e pensa como e quando esse hábito começou. Apanha o lençol de algodão estampado com graciosas flores miúdas, que será o único adorno que a cama terá enquanto recebe o seu corpo encharcado de prazer para o descanso merecido. Segura o lençol comum de encontro ao peito e repassa os momentos vividos não faz muito tempo. Suspira feliz e recorda como esse ritual começou...
Rever-se numa sala de espera a folhear uma revista com muitas camas encantadoramente arrumadas, e o sonho se instalou naquele dia.
Assim, a cada terça-feira ornamenta, e ornamentada se faz.
Não espera por quem já sabe não está a esperar. Depois, da linda cama desfeita, na próxima terça será novamente refeita.
Moral da história: Não importa que sonho tenha o realize! Mesmo que para alguns pareça algo incoerente.