Carta ao Universo

Não estou lhe pedindo nada

Você ignorou meu pedido

E deixou minha vida ligada no modo survival

Cansei de pedir

Quase soa arrogância conformar-se em ter o Universo como inimigo

Não estou dizendo que meus problemas são os maiores do mundo

Estou depositando aos seus pés as lágrimas que contive

E anunciando que tenho o direito de chorar também

Estou apagando as velas

Porque não adianta iluminar o caminho

Se não há ninguém tentando voltar

Não posso lhe pedir para ser justo

(Corro o risco de descobrir que já está sendo...)

Mas não me sinto inclinada a agradecer por ter me feito mais forte

(Ultimamente convivo com essa vontade insana de desabar...)

No fundo, acho que estou quase pedindo desculpas

Por não ser mais a guerreira que desafiou

(Aconteceram algumas coisas ao longo do caminho...)

Estou respirando fundo

Talvez o oxigênio queime logo esse fogo que arde dentro de mim

Estou fechando os olhos

Porque dormir é o único jeito que conheço de esperar

Acordarei em tempo para a próxima batalha

(Nunca tive escolha, eu sei...)

E mesmo que a disputa seja injusta

Prometo que (como sempre) irei surpreendê-lo

(E deixo claro que não espero nada menos de você!)