(ELE),RIO DA PRAÇA, (NO FIM)
(ELE),RIO DA PRAÇA, (NO FIM)
Na Praça da Sé
Olha o José
Andando de a pé
Congonha come pamonha
Congonhas comeram pamonhas
Ever bare, come!
Psiu!
O rio assustado
Prédio lotado
Paulista na gíria, “meu”.
Cuidado com o seu...
Lá vai o paulista
Goiano mal/criado
Na rua pelado
Suco de uva com pastel, amigo meu.
Na Praça da Sé
O José de a pé
Não conheço seu nome, parece...
Pé – Lé
No campo da fé
Amigo meu – Na Praça da Sé
José vou falar
Bicho arretado
Brabo sai de pé
Dá soco pontapé
Mija na praça da grande igreja da Sé
Céu não vai
No inferno aqui não cai
Sumiu na Sumaré
Na barra funda
Ninguém ofereceu café
O rio Tiête nasceu aonde morreu
Da caatinga do Sertão
Em desenhos xilográficos registra as capas
Dos textos cordenianos
Se o trem não passou,
O turismo
Petrificou e Maria fumaça acordou.
Tom Zé tocou
Notificou
José na Praça da Sé
Andando de a pé
Agora deitado
O frio chegou
Não camuflou
O trânsito garraf/a (ou)
Emergência não chegou,
Um gole na cerveja alguém tomou
Comemorou!
Na Praça da Sé
Olha o José
Deitado não anda mais a pé
Não tem mérito
Na praça vendem picuinhas
Na praça vende picuinha
...
Psiu!
Tentaram vende-lo
Não tem comprador
Ninguém ligou para o corpo
“Ninguém” ligou para o celular
Do seu “familiar”
Aonde José nasceu?
Quem é José?
O José da Praça da Sé.
O José
Não marcou a historia
É um sujo no asfalto da memória
Até que uma hora
O cheiro já entardecido
Uma mão miúda
Toca o seu rosto envilecido,
Todos petrificados, o chão arrastou.
O céu chorou
E levou para o
Descanso rio a baixo
Alagado no seu cheiro fedido
José da Praça
Escorreu rio a mar
Prontificando o seu descanso
Marcos Marrom