AINDA...APRENDIZ...AINDA

É que eu tenho uma caixa de coisas guardadas transbordando de amor em mim. Trazida desde o início.

Ela aumenta o esforço que tenho de fazer para levá-la comigo com o morrer dos dias que passam. E eu a abraço como um deus que tem o mundo, mas não tão forte e poderoso.

Estou a perder a dimensão de tudo que carrego. Essas coisas vermelhas e minhas vão assumindo formas maiores. Não sei o que fazer delas. Não sozinho.Apenas a certeza que num dado instante, cinzento ou de sol, o meu tempo fará a sua pausa e ficará estático e assim definido. Por isso elas gritam por alguém - posso ouvir sinos gigantescos que badalam num agudo furioso.

É uma terra do inaudível por onde eu marcho?

Há tantas pessoas aqui. Tantas que junto a mim poderiam compartilhar; fundir-se. Mas também não há ninguém...ainda.

pedro amaro
Enviado por pedro amaro em 25/07/2007
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