Monólogo

A vida é um bobo da corte as avessas de desenho animado. Coloca uma bigorna de uma tonelada em uma porta. Na qual passarei distraída, e muito provavelmente cairá em minha cabeça. E como em um desenho animado que se preze, eu sou esmagada, esticada, fico sanfonada: enquanto alguém ri. Mas sobrevivo. Ao menos até então... Quem é o rei? Onde está o rei (que é bom?), para controlar este bobo?! O bobo é o rei, e o rei é o bobo. O mistério da humanidade.

Um ser, um dia me disse a frase de um célebre poeta: "navegar é preciso, viver não é preciso". Escolhi outra alternativa, e agora estou quase impossibilitada das duas que me apresentaram. Viver era preciso, imaginei, creio que não captei a mensagem do poeta. Mania de brincar de senhora do meu destino e inverter a ordem das coisas. Rebeldia? Seria, eu, eternamente adolescente? Diga-me você, reflexo no espelho... Tente novamente, a razão diria... Pois bem.

Vou navegar, no meu mar de incertezas com céu cor de cinza.

Porém em águas furta-cor de minha alma

Que em meio a tempestade, em quebrar de ondas

O repuxo transforma a água em pirilampos

Iluminando o céu escuro...

Minha alma é cor

Cores inimagináveis, jamais vistas.

Que jamais serão vistas...

A vida, não as aceitou em sua corte.

Arco-íris se formou atrás da nuvem cinza, está não se dissipou...

Isis Lima
Enviado por Isis Lima em 16/11/2016
Reeditado em 27/07/2018
Código do texto: T5824851
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