A contemplação de uma flor

Sinto a luz, hora de nascer.

Raios de sol.

Causam explosões em tom de bege, marrom e coral em minha alma escura e me despertam...

Um degradê de mistério e alegria

O mistério de me abrir inteira em flor pra ti

Em corola multicolorida

às vezes somente em cinza

ou cor de morte...

Sou flor camaleoa.

E como toda flor, sem água seco e murcho.

Sem água não produzo néctar...

Qual é a fonte da água que me nutre? Do que ela é feita?

O que mantém minha estrutura de pé?

É o amor? É a filosofia? Fé? Imaginação?

O sol que surge toda manhã?

A lua que some durante algumas noites, e, me deixa sem um norte em meio a pontos loucos de luz?

Apenas amanheço e permaneço

E não vejo água, não sinto a água.

Ou ela invisível, onipresente

Ou não existe mais.

Achas que porque sou flor, ficarei aqui?

Irei em busca

Da descoberta do que me nutre...

Isis Lima
Enviado por Isis Lima em 22/11/2016
Reeditado em 23/11/2016
Código do texto: T5830887
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