A Tempestade

Nuvens densas, carregadas de tristezas e mágoas, se formaram no horizonte e tingiram o céu outrora azul anil, em tons melancólicos de cinza e chumbo.

Um ódio feroz riscou o firmamento com sua luz mortal e logo se ouvia o estrondoso trovão que liberava toda a raiva.

Então, ventos gelados de fúria incontida varreram toda a irritabilidade e sopraram até a exaustão.

Enfim grossas gotas de lágrimas libertadoras irromperam da barragem longamente arquitetada, encharcaram a terra ressecada pela indiferença, que aos poucos se curava.

Quando a tempestade passou, o alívio veio, a alma floresceu, o espírito renasceu, a paz voltou e o amor reinou.

As nuvens se dissiparam, o céu clareou, o sol ameno abraçou e a esperança firmou.

Priscila Pereira
Enviado por Priscila Pereira em 05/01/2017
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