Não é eros, não é filia, não é ágape. É amor.

Não importa o que aconteça, o que o vento traga ou os perfumes levem, o que os sentidos digam ou o que o coração grite, não importa o que a razão dite, nada disso importa.

Eu pareço olhar e você não se importar, mas dos seus olhos dá no mesmo, o que parece tantas vezes não é, mas eu não pareço te amar. Parecer é incerto, parecer é embaçado, parecer é comparecer no improvável, é aparecer no instável.

Tantos prefixos, aversos ao desejo real e inversos ao normal , mas já não tenho certeza se eles são o ideal.

Parece vital em minha fluência em poesia, nada se baseia em um "eu sentia", mas sim no caos organizado que precede um verso, que antecede o fenômeno do imerso virar emerso.

Do que me adianta metrificar todos os versos, se tantas sílabas não são suficientes em meus sentimentos? Irreal.

Eis o que aflora de dentro de mim; sim na prosa e no dilema.

Trair-me-ão talvez os sentidos, por silogismo devo acreditar; logo, em condição humana vejo um ciclo vicioso, será mesmo tudo de novo?!

Irreal, surreal, fora do normal, mas jamais platônico, e logo, minha única alternativa é a fé.

Afinal, o que realmente importa, o que realmente é? Além de um velho e uma criança, não é eros, não é filia, não é ágape.

É amor.