Vento que Sopra

Água parada

Galhos caindo

Boiadeira se meche

É vento que sopra

Voz ao alto

Latido incessante

Cachorro no coqueiro

Sol reflete sombra

Reflete o poste e a luminária

Também o banco e as pessoas à beira da ponte

Água branda, Lago raso

De frente se segue a escada de um templo

Que passa o tempo e o templo ao vento

Pisoteado por mais de milhões

A grama envolta de um lago escuro

Uma pequena ilha

Ilha do pensamento, da meditação e do prazer carnal

Traz o sexo de uma maneira geral

A bagaceirada untada com o doce mexer amadeirado do silencio da noite

Estarricado de desejo é o homem

Faz loucuras pelo prazer

O de esvaziar a mente

Num turbulento dia qualquer

Sente-se bem com o bem da calmaria

Não há preocupação

Há um lugar inteiro pra decifrar e olhar

Imaginar e entender as peças que a vida foi capaz de pregar

Causou a interrogação na mente

O ponto que sofremos, por tentar , por fazer, pelo que já foi feio

Atirar nesta água calma e turva todos os problemas

Da mesma forma que sentado estou a esquecer que os tenho

Mas se é capaz de me acalmar

Posso pensar em acalmá-los também

Não se tem solução pra morte

A solução encontrada é livrar-se da frustração lavando a face neste lago adepto a tirar com cada gota que escorre do meu rosto toda a magoa que um ser é capaz de ter, viver e sofrer.

By De Luand
Enviado por By De Luand em 06/05/2017
Código do texto: T5991195
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