Triângulo <> Prosa Interativa.

Sou livre...

Escolho o galho onde pousar.

Do meu destino, sei eu...

Quando bater asas e voar.

Em teus braços repousar.

As águas de um ribeiro...

jamais tocam a mesma margem.

Há outros corpos, outros cheiros.

Outras terras sedentas de beijos.

Sei que estou sendo levado...

mas deixo a correnteza me levar

E nesse mar de sentimentos

Me afogar...

Desejo seguir a mesma rota

tanto no céu quanto na terra

a beira dessas águas

que levaram as essências ...do passado

deixando assim em branco na saudade...

de cada dia ser raridade.

Raridade é poder livre voar..

ter sempre onde pousar.

A saudade limita o horizonte

e nos faz retornar.

Vida... rota traçada

pelo sentir entrelaçada.

Passado... linha rabiscada

pela sina apagada.

E continua a rotação

por caminho lapidado.

Gotas desse ribeiro que escoa

pelas veias desse casulo

preparando o momento

para ser rasgado, rompido.

Em fase de despertamento

via um copo meio cheio.

Conhece a intensidade do eu maior

iluminado ...

Lágrimas derramadas

são águas passadas...

Dá luz a transformação

de uma nova vida!

Rumo ao futuro

entregue ao vento ...

no voo louco desse caminho

advento ...

De certo!

Nessas águas não morrerei,

Contra a correnteza do devaneio

libertarei os desejos e remarei.

em Busca da alma que anseio.

Se flor...

Nunca se perde.

O sentir ...

da semente desabrochará.

Muda-se os ventos

as estradas

o caminhar ...

E ele permanece em repouso

em bem estar.

Basta um assopro

e reacende o amor.

Na paixão ...

o vigor

com intenso fervor.

Feito beija-flor

antes do sol se por.

Jardim em flor...

Pétalas da dor.