O amor voa!
Voa! Como voa o passarinho
pra tão longe do ninho
a vida alcançar.
Vem! Como chega a tempestade
Uivando aos sons do ventos
transportando em pensamentos
o quereres e o bem quereres de mim.
Ah, esse meu Shakespeare enfadonho
gordo e fatigado, mas também risonho
que faz meu coração palpitar.
Quisera antes ter-vos platônico
devoto da ciência reta, que te aprazeres
a leveza da prosa e o sonhar.
Assim, fizeste-me escravo do meu peito
que ja não bate, só pulsa
na cadência de um amor-pesar.