O DIABO NA LITURGIA

Muitas das grandes loucuras da humanidade tecem-se em pequenos e fúteis momentos. A sanidade é um fardo deveras cansativo. Por isso, prefiro estar nas entrelinhas da loucura e no meio fio das contradições. Feito isso, atire a primeira pedra aquele que nunca sentiu-se numa aula de física quântica ou metafísica enquanto era estuprado pela ignorância da simbologia litúrgica presente nas inumeráveis experiências e rituais dos nossos cultos. Num suspiro cansado ou piscar de olhos de ressaca, esconde-se o diabo na liturgia.

Diábolos é aquele que separa, enquanto o simbólico é aquilo que une realidades maiores em pequenos espaços. Mas, se o simbólico não é compreendido em suas entranhas, torna-se um diabólico meio de experiências traumatizantes. Agora esparrama esse jogo de varinhas na vida e deixa acontecer!

Oxalá o diabo andasse menos em nossas celebrações, nas respostas roucas ou repetecos desalmados. E nessa falta de tempo sintomática, empobrecem-se almas, cravam-se rotinas e, mais dramático, vive-se uma vista cansada do sempre visto mais não olhado. É necessário

exorcizar a frieza diabólica e inconsciente de uma vivência fundante abortada, com pequenas gotas cotidianas de aprendizado do simbólico.

TOMA CONSCIÊNCIA DO QUE FAZES,

TARNSOFRMA EM FÉ VIVA O QUE LERES

ENSINA AQUILO QUE CRERES

E PROCURA REALIZAR AQUILO QUE ENSINARES

Heitor Sanglard
Enviado por Heitor Sanglard em 06/06/2017
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