O Amor

Quando ele a viu o mundo parou e o tempo deixou de existir.

Ela tinha o cabelo de um brilho que fazia o ouro virar latão e o olhos de um azul tão profundo que o amr jamais conseguiria copiar.

Sua pele parecia ser etérea de tão perfeita e seu sorriso dispensava qualquer outra fonte de luz.

Ele precisava tocá-la para se certificar que ela não era uma visão, parecia a encarnação se seus sonhos numa versão artisticamente melhorada, o mais próximo da perfeição antes desta.

Subitamente ela percebeu sua presença e virou-se fitando-o nos olhos, ele gelou, ele queimou, tinha uma miríade de sensações, todas ao mesmo tempo, num louco caleidoscópio de emoções.

Nada mais era importante, nada mais existia além do universo ímpar daquele ser..

Ele sentiu que ela era tudo que precisava, aplacaria a sede na sua boca e a fome no seu corpo.

Teve a certeza que ela era a resposta para tudo,a que preencheria seus hiatos e aquela insistente inconformidade que o consumia. Ela era a peça central se seu quebra-cabeças, era a razão no ápice da emoção.

O mundo passou a ter sentido e a vida um objetivo.

Ele em um átimo entendeu as marés, a colheita, a relação dia/noite e até o pratear da lua.

Ele se harmonizou com o vento e seus lamentos, chorou pelo sol que se pôs e correu pela areia da praia tentando alcançá-lo para uma última reverência até cair exausto ... e feliz !

Em algum lugar, os deuses sorriram e um deles assentindo disse :

- Pronto, está feito, eles descobriram o amor e terão como prêmio a eternidade para desfrutá-lo.