Numa terra não distante... II
Como seria se o amor não fosse como conhecemos, e sim fosse o que é a água? Ao acordarmos, procurá-lo-íamos pra recebermos porção dobrada que nos despertaria e revigoraria pra mais um dia. Nosso corpo, teria imensa maioria composta por ele. Ansiaríamos tê-lo circulando em nosso organismo e, em nossas bolsas, ele sempre estaria em um recipiente que serviria pra nos socorrer quando o corpo sinalizasse sua falta. Ele, Controlaria nosso ímpeto com o balanceamento de nossa temperatura corporal: aquecendo-nos, ou, no calor muito intenso, fluindo de nossos poros e cobrindo nossa derme para balancear tudo novamente. Jamais teria um limite de consumo; seu excesso não traria riscos. Assim, naufragar nele seria um privilégio. E no dia mais chuvoso, sairíamos pela rua de braços abertos, buscando fazer com que nosso corpo fosse tocado o máximo de vezes por essa substância.